POR: Jéssica Gomes
Mais uma derrota fora de casa, mais uma derrota no campeonato e uma sequência incômoda e preocupante. Campeonato esse que começou para nós com ares de “será que dessa vez vai?!”. Particularmente, quando questionada, respondi que ainda era cedo, não dá pra fazer prognósticos no início do torneio, mas, claro, estava curtindo o momento e com melhores expectativas. Analisando um pouco, na verdade, não tínhamos grandes feitos, começamos empatando em casa, como visitantes ganhamos do Náutico, arrancamos um pontinho aqui, outro ali (coisa que nem temos conseguido mais), mas também deixamos de ganhar pontos importantes em casa, enfim, como estava tudo fluindo, mantínhamos uma boa posição. O que quero dizer é que, sei lá, só com isso não se sustenta uma boa posição, entenda-se dentro do (ou beirando o) G4, por muito tempo…
A queda de rendimento veio acompanhada por uma queda na qualidade do futebol, o que é óbvio em médio (dentro da escala de um campeonato) prazo. Parece que o destacado futebol de Maxi (falo dele pois é o nosso coringa) estava atrelado ao seu hermano Escudero (deixem Escudero voltar, por favor!), não que ele esteja mal, mas está sem opções, com o esquema “vamos mandar a bola lá pra frente de qualquer jeito” está difícil. Vejo muita gente criticando quando se fala que Nino faz falta, que nos contentamos com pouco (o pouco que pensam que ele é), mas é inegável que ele é uma opção de saída para o jogo. Enfim, por falar nisso, ainda temos que torcer para nenhum jogador ir parar no departamento médico…
E após as derrotas fora de casa… “em casa a gente resolve”. É, vencer as partidas que restam em casa resolve sim, dá pra fugir do rebaixamento com tranquilidade!
O trabalho de Ney Franco está começando agora, nem dá pra contar a derrota para o Flamengo, mas espero que ele tenha percebido as deficiências, quem deve estar no time titular (sem predileções), fora todas as questões de ordem tática que são suas atribuições, por isso mudamos, para isso ele veio. Não veio para fazer milagres também (mas se souber fazer a gente não se importa), pode dar uma arrumada e tal, mas sem “o 10” o trabalho fica sempre mais complicado. A não ser que ele tenha o poder de extrair/resgatar algum bom futebol de algum jogador que eventualmente tenha perdido/esquecido/abstraído, acho que esse cara não é Cajá, não é Camacho. Esse cara parece ser alguém que ainda não faz parte do elenco…
Mas e aí, o que vai ser? Vamos aos trancos e barrancos, sofrendo, contando com o “fator Barradão”, jogando pra fazer 45 pontos (antes da última rodada, por favor, que aí já é tortura demais para os nossos corações rubro-negros!)? Ou vamos consertar o que está errado, sair para jogar com a convicção de que não somos coitadinhos, que temos capacidade de vencer qualquer time em qualquer campo (ou ao menos vender caro uma derrota) e fazer uma campanha honrosa?
Espero ter uma ideia da resposta para essa questão nas próximas rodadas, e que seja positiva, claro! Em todo caso, como o próximo jogo é em casa, não custa nada lembrar que o título do Atlético Mineiro não vai entrar em campo, portanto vamos manter a dignidade e jogar como ao menos em casa sempre fazemos, sem medo de ninguém, aqui é Barradão!